Em Recife, no Conservatório Pernambucano de Música, um menino de nove anos resolveu estudar piano. E mesmo que gostasse de ouvir rock e música popular, foi no estudo da música erudita que Vitor Araújo cresceu, e se apresentou ao público. Daí em diante, a crítica começou a segui-lo tão rápido quanto seus dedos se acostumaram a percorrer as teclas do instrumento: Vitor recebeu a Menção Honrosa no Concurso Magda Taggliaferro, em São Paulo; as primeiras colocações nos Torneios Pernambucanos de Piano, nos anos de 2001 e 2005; e o prêmio de Melhor Intérprete de Música Brasileira, no Torneio Josefina Aguiar.

Vitor Araújo Mesmo causando polêmica por inserir improvisações em músicas eruditas consagradas, basta que Vitor sente-se defronte ao piano para que sua plateia esteja certa de que aquele é o lugar a que ele pertence. Com performances que entrelaçam Chico Buarque a Ray Charles e Chopin a Radiohead, o jovem pianista derrama por sobre seu público um transe hipnótico de perfeita harmonia entre o contemporâneo e o clássico. Mesclando certa irreverência à pura e latente paixão pela música, Vitor é a prova de que o erudito atravessa gerações, e ainda arranca aplausos de pé.